sexta-feira, 1 de julho de 2016

Crítica Dramática: On the Road (livro)

"E foi exatamente assim que toda minha experiência na estrada de fato começou, e as coisas que estavam por vir são fantásticas demais para não serem contadas."

E são mesmo! a passagem acima foi tirada do livro "On the Road" o segundo e melhor livro do escritor Jack Kerouac publicado em 1957 e entrando pra história como um clássico que retratou toda uma geração. Na história somos apresentados à Sal Paradise (que na verdade é o próprio autor) um escritor que sonha em se tornar famoso, mas como escrever sobre a vida se você de fato nunca viveu? A inspiração não caí dos céus, nem bate na sua porta. Ela está lá fora, em algum lugar que você ainda não viu, nas palavras de alguém que você ainda não conheceu...

Capa do Livro

Toda história é feita de conflitos, um acontecimento que catapulta nosso herói para a ação, no caso de Sal ele atende pelo nome de Dean Moriarty (também um pseudônimo, dessa vez de um amigo do autor), um rapaz diferente de todos que ele conheceu até então, que vive a vida intensamente, como que a querer absorver tudo que ela pode lhe proporcionar, tão rápido quanto apareceu ele some, pois a vida não pára e ele precisa estar em movimento.
E é disso que o livro se trata, movimento, quando você quer se encontrar é preciso se perder primeiro, desse momento em diante Sal parte em busca desse seu novo amigo e você leitor tem o prazer de acompanhar todo o trajeto deles em busca de nada, porque o que importa aqui é o caminho, e o caminho está repleto de experiências que eles não teriam de outra forma.
A literatura no pós-guerra estava repleta de exemplos como esse, uma forma de contracultura de jovens que não tinham um propósito definido, e quando você não tem nada a perder pode fazer qualquer coisa...

Sal e Dean respectivamente (imagem do filme)

Existe uma versão adaptada do livro para o cinema, apesar de estrangeira é dirigida pelo brasileiro Walter Sales que adora o tema "Road Movies" tanto que também é diretor do filme "Diários de Motocicleta", ele tem um viés mais melancólico que o livro, mas também vale a pena ser visto.





Nenhum comentário:

Postar um comentário